Cidades Médias
FERREIRA, Heloísa. O centro principal em estruturas policêntricas: transformações e permanências em cidades médias paulistas. GOT Revista de Geografia e Ordenamento do Território, Porto, Portugal, n. 15, p. 199-229, dez. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.17127/got/2018.15.009. Disponível em: http://cegot.org/ojs/index.php/GOT/article/view/2018.15.009.
Originária do incremento de funções a centros urbanos, na rede urbana, a estruturação policêntrica implica, na escala intraurbana, em relações de concorrência e complementaridade entre áreas centrais, que embora acarretem complexidade à identificação de um centro principal, consistem em mudanças que se combinam a condições preexistentes, em tendência à permanência do centro da cidade como principal espaço de consumo. A partir de Marília, Presidente Prudente e São Carlos, situadas no estado de São Paulo, Brasil, buscamos apreender o centro principal de cidades médias, que exibiram novas funções e, com isso, redefinição de lógicas e práticas espaciais nos espaços intraurbanos. Entre transformações e permanências, identificamos manutenção do centro enquanto centro principal em Marília e São Carlos e tênue hierarquia de áreas centrais em Presidente Prudente.
Gestão
BISWAS, Rathin, JANA, Arnab; ARYA, Kavi, RAMAMRITHAN, Krithi. A good-governance framework for urban management. Journal of Urban Management, Shangai, China, 2 Jan. 2019. In Press. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/journal/journal-of-urban-management/articles-in-press.
A mudança para a capacitação e a deterioração da governança pode levar a uma má prestação de serviços, o que é um grande desafio para governar agências. Diferentes países seguem seus próprios conjuntos de parâmetros de governança e frequentemente avaliam o resultado de políticas baseadas neles. A fim de compor uma estrutura uniforme de boa governança, conduzimos uma análise comparativa entre 22 estruturas de governança existentes em todo o mundo e selecionamos 13 critérios principais juntamente com 74 subcritérios. Exploramos o método para medir esses componentes de governança com a ajuda de vários indicadores e tomamos a opinião de especialistas para distribuir o peso entre esses indicadores. Finalmente, o caso da cidade de Mumbai é discutido com os exemplos de indicadores diretos, que podem ser usados ??para medir um subcritério de qualquer critério específico. O processo de quantificação também é demonstrado com três indicadores representativos específicos. Os pesquisadores, bem como os formuladores de políticas, serão beneficiados com o método demonstrado aqui, o que pode ajudar a avaliar a governança de qualquer serviço público em relação a novas alterações na política.
BROTO, Vanesa Castán; ALVES, Susana Neves. Intersectionality challenges for the co-production of urban services: notes for a theoretical and methodological agenda. Environment & Urbanization, London, v. 30, n. 2, p. 367-386, Oct. 2018.
Disponível na Biblioteca.
A coprodução de serviços urbanos, tais como a água, a energia, ou o saneamento, é um instrumento chave para acelerar a entrega de serviços e colocar em questão as estruturas socioeconômicas que reproduzem iniquidades urbanas. O artigo examina a relação entre os debates acerca da interseccionalidade, a qual oferece um olhar crítico e propicia um enfoque comprometido com as dinâmicas de exclusão, e a coprodução desses serviços sob três perspectivas: 1) a necessidade de questionar explicitamente os processos que definem a vulnerabilidade; 2) o reconhecimento da complexidade e multiplicidade de experiências de iniquidade e marginalização vividas em qualquer contexto e; 3) a conceitualização da identidade social constituída através de processos dinâmicos e sempre suscetíveis de revisão.
TVEDTEN, Inge; CANDIRACCI, Sara. “Flooding our eyes with rubbish”: urban waste management in Maputo, Mozambique. Environment & Urbanization, London, v. 30, n. 2, p. 631-646, Oct. 2018.
Disponível na Biblioteca.
Vozes críticas sobre a gestão urbana tendem a pintar um retrato de governança em conflito entre modelos de desenvolvimento hierárquicos importados, por um lado, e práticas cotidianas e formas difusas de poder da maioria pobre por outro. O artigo utiliza a gestão de resíduos sólidos em Maputo, capital de Moçambique e seus assentamentos informais para avaliar a relação entre estas duas perspectivas de desenvolvimento urbano. Demonstra-se que enquanto a municipalidade considera que trabalha ativamente por meio dos acordos público-privados para tratar de temas difíceis na gestão de resíduos sólidos em áreas informais, para os moradores dessas áreas, que pagam regularmente a coleta de resíduos, o lixo continua sendo um problema sério e persistente, e um símbolo de desigualdades e injustiça espacial e social. Por fim, o estudo possibilita um diálogo entre os planejadores da cidade e a comunidade, levando uma proposta de gestão conjunta e mais adequada para essa questão tão importante na vida urbana.