Biblioteca Virtual

Dicas para Leitura

FEVEREIRO/2019

Depois de uma extensa reforma pela equipe de arquitetos de Molenaar&Bol&vanDillen Architects, a igreja “DePetrus” situada na Holanda (1884), foi remodelada em um centro multifuncional contendo uma biblioteca, um museu, um bar e lojas. Na Biblioteca, Museu e Centro Comunitário ‘De Petrus’ todas as funções são combinadas em um grande espaço aberto ao público. O elemento mais marcante é o mezanino. Este elemento distintivo dá à igreja um novo visual adequado à sua nova função. O primeiro andar também abriga instalações técnicas como de aquecimento, revestimento acústico e iluminação. O mezanino é colocado principalmente nas circulações para que a qualidade espacial original da igreja seja preservada. O primeiro andar oferece novas e espetaculares vistas do edifício. As estantes são colocadas em um sistema de trilhos para que possam ser movidas para os corredores da igreja, que neste cenário, pode ser usada para grandes eventos várias vezes por ano, tornando-se um espaço altamente flexível. Do lado de fora, o espaço é expandido. O mezanino continua no exterior como o teto de quatro pavilhões conectados à igreja. Um restaurante está localizado no pavilhão do jardim no lado sul da igreja.

 

DEMOGRAFIA

Migração / Imigração

BAENINGER, Rosana; FERNANDES, Durval. (Coord.).  Atlas Temático: Observatório das Migrações em São Paulo - Migração Refugiada. São Paulo: Unicamp, 2018. 352 p.

O Atlas traça um panorama das migrações internacionais no Brasil e no estado de São Paulo nos primeiros 15 anos do século XXI, em especial os casos de refugiados. Faz uma análise do local de entrada do imigrante, da cidade onde fixa residência, assim como do perfil desses indivíduos. Também revela as novas faces das migrações internacionais, apontando a interiorização como fenômeno recente. Ainda segundo a pesquisa, Campinas é a segunda cidade do Estado que mais recebeu imigrantes desde os anos 2000. De acordo com o levantamento, no período de 2015 a 2017, o município registra 16 mil imigrantes, aproximadamente.

Capa e sumário: https://bibliotecavirtual.emplasa.sp.gov.br/Documentos/Dicas/2019/Fevereiro/Atlas-Tematico-Migracao-Refugiada.pdf

 

BAENINGER, Rosana; FERNANDES, Durval. (Coord.).  Atlas Temático: Observatório das Migrações em São Paulo - Migrações Internacionais. Campinas: Unicamp, 2017. 432 p.

A obra é resultado do trabalho do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O mapeamento, que abrange nacionalidades, perfis sociodemográficos e distribuição no mercado de trabalho, tem como objetivo subsidiar a elaboração de políticas públicas com foco na nova dinâmica populacional. O Atlas é composto por três partes: a primeira traça um panorama nacional das migrações internacionais para o Brasil; na segunda estão reunidos dados sobre as vindas de estrangeiros para o Estado de São Paulo entre 2000 e 2015 e; a terceira aborda as migrações internacionais recentes para o estado.

Capa e sumário: https://bibliotecavirtual.emplasa.sp.gov.br/Documentos/Dicas/2019/Fevereiro/Atlas-Tematico-Migracoes-Internacionais.pdf

MEIO AMBIENTE

Planejamento

WAGNER,  Madeleine MAGER, Christoph; SCHIMIDT, Nicole; KIESE, Nina; GROWE, Anna. Conflicts about  green spaces in metropolitan áreas under conditions of climate change: a multidisciplinary analysis os stakeholders’ perceptions os planning processes. Urban Science, Switzerland, v. 3, n. 1, p. 25 Jan. 2019. DOI: https://doi.org/10.3390/urbansci3010015. Disponível em: https://www.mdpi.com/2413-8851/3/1/15.

Sob condições de mudança climática, os conflitos pelo uso da terra são um desafio significativo para o planejamento espacial, especialmente em regiões metropolitanas densamente povoadas. Utilizando uma abordagem multi-metodológica, este estudo tem como objetivo identificar as percepções de diferentes partes interessadas desses espaços nos processos de planejamento dentro das áreas urbanas na Alemanha. Usamos uma análise de serviços ecossistêmicos para avaliar o potencial ecológico de cada área de estudo selecionada e realizamos uma pesquisa domiciliar para avaliar como a população e a administração locais os percebem. As percepções desses dois grupos de partes interessadas em relação às qualidades espaciais de cada área geralmente diferiam de seu potencial ecológico real. Embora a cooperação entre os políticos e o pessoal da administração ocorra e funcione bem, as partes interessadas envolvidas freqüentemente avaliam e percebem os processos de cooperação no planejamento de maneira diferente. Portanto, os autores argumentam que uma abordagem integrativa e metodologicamente multi-camadas é útil para entender percepções complexas no planejamento espacial.

PLANEJAMENTO

Urbano e Regional

ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL. Desenvolvimento, crise e resistência: quais os caminhos do Planejamento Urbano e Regional?, 17., 2017, São Paulo. Caderno de Resumos... São Paulo: FAUUSP, 2017. 337 p. Disponível em: http://anpur.org.br/xviienanpur/principal/publicacoes/XVII.ENANPUR_Caderno_de_Resumos/XVII.ENANPUR_CadernodeResumoDigital.pdf.

Este é um importante momento não só para se discutir a agenda pública nacional, regional e local, para o planejamento urbano e regional, mas também para se pensar em propostas, estratégias e, sobretudo, em mecanismos de resistências que fortaleçam a defesa da agenda pública. A sociedade brasileira clama por soluções concretas dos problemas e impasses urbanos e regionais, evitando o recuo da agenda de reformas urbanas e regionais. O XVII Encontro Nacional da ANPUR, com o tema “Desenvolvimento, Crise e Resistência: quais os caminhos do planejamento urbano e regional?”, propõe-se como importante fórum de debate científico-acadêmico na área dos estudos urbanos e regionais de forma a aprofundar a discussão acerca das questões relacionadas ao atual momento político, econômico e social do Brasil.

RECURSOS HÍDRICOS

Uso e controle

MATOS, Cristina; CUNHA, António; PEREIRA, Francisco; GONÇALVES, Arminda; SILVA, Elisabete; PEREIRA, Sandra; BENTES, Isabel; FARIA, Diana; BRIGA-SÁ, Ana. Characterization of water and energy consumptions at the end use level in rural and urban environments: preliminary results of the ENERWAT Project. Urban Science, Switzerland, v. 3, n. 1, p. 2-10, 9 Jan. 2019. DOI: 10.3390/urbansci3010008. Disponível em: https://www.mdpi.com/2413-8851/3/1/8.

A caracterização dos consumos de água e energia é essencial para definir estratégias para seu uso racional. A maneira como esses recursos são utilizados nos domicílios é o caminho para uma gestão eficiente e racional, interdependente entre si. Acredita-se que existam diferenças significativas entre os padrões de consumo de água e energia nas áreas rurais e urbanas, onde fatores influenciadores também devem ser identificados. Este artigo tem como objetivo apresentar alguns resultados preliminares de um projeto de pesquisa denominado ENERWAT, cujo objetivo principal é caracterizar a relação entre consumo de água e energia no nível de uso final para ambientes urbanos e rurais. Um total de 245 domicílios participaram da pesquisa durante 2016 (110 residências urbanas e 135 rurais), respondendo a questões sobre sua composição familiar, caracterização de habitações, hábitos de consumo de água e energia e comportamentos de conservação desses recursos. Conclui-se que a análise conjunta dos resultados permite identificar uma conexão entre o consumo de água e energia, bem como os padrões de consumo das residências.

REGIÕES METROPOLITANAS

Estudos

BOTELHO, Maurilio Lima. A metrópole para além da nação: globalização e crise urbana. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 20, n. 43, p. 697-716, set./dez. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2236-9996.2018-4304. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2236-99962018000300697&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

O objetivo do artigo, mais precisamente um ensaio, é refletir sobre o papel das grandes cidades e metrópoles numa economia global, enfatizando a contradição entre a concentração de riquezas e o desemprego crescente nessas aglomerações urbanas. Enfocamos o significado da emergência das cidades globais, cujo nível de integração social e econômica transfronteiriça, que supera as escalas tradicionais, significa uma implosão da economia nacional.O autor destaca que as características das metrópoles atuais precisam ser refletidas como parte de uma crise urbana global.

FREITAS-FIRKOWSKI, Olga Lucia Castreghini de; BALISKI, Patricia. Os sentidos da metrópole: balanço conceitual com base nas publicações dos Cadernos Metrópole. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 20, n. 43, p. 625-647, set./dez. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2236-9996.2018-4301. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2236-99962018000300625&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

O propósito deste texto é contribuir com a com­preensão de como a metrópole e a metropolização têm sido abordadas conceitualmente nos textos pu­blicados no periódico científico Cadernos Metrópo­le. Isso porque, além de ele ser um dos periódicos especializados nessa temática, completa, em 2019, duas décadas de ininterrupta publicação, abran­gendo exatamente o período em que tais objetos readquirem um destacado vigor conceitual. Inicial­mente, realizou-se um levantamento de cunho bi­bliométrico, identificando os conceitos mais utiliza­dos nos textos publicados, o que foi complementa­do pela leitura dos textos e pela busca de referên­cias da matriz teórico-conceitual que os orientou.

URBANISMO

Estudos

FARIAS, José Almir. Resiliência: um bom conceito para o projeto e a reforma urbana? In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PESQUISA EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL, 17., 2017, São Paulo. Anais... São Paulo: FAU/USP, 2017. p. 2-17. Disponível em: 

http://anpur.org.br/xviienanpur/principal/publicacoes/XVII.ENANPUR_Anais/ST_Sessoes_Tematicas/ST%2010/ST%2010.6/ST%2010.6-05.pdf.

Crise e resistência são dois termos necessários a uma definição de resiliência, noção polissêmica que se aplica cada vez mais aos territórios, em especial ao espaço urbano, mesmo que ali encontre dificuldades quanto à sua aceitação e operacionalidade. Este artigo pretende demonstrar que a ideia de resiliência urbana pode ser um ponto de partida para questionar o modelo dominante e desvendar outras formas de compreender e teorizar o desenvolvimento das cidades. Em tal perspectiva, busca-se recuperar os sentidos que lhe são atribuídos, destacando os benefícios e potenciais abusos no uso do termo. Considera-se a hipótese de que a resiliência urbana pode contribuir em três aspectos fundamentais para um avanço das práticas urbanísticas: o primeiro é de caráter metodológico, pois reitera a coerência da abordagem global e transversal, sob o crivo de uma avaliação sistemática; o segundo seria o impulso que oferece a um desempenho mais equitativo do projeto urbano, pois ela efetua alterações heurísticas no modo de pensar a cidade, os riscos que ela gera e os desafios para o seu enfrentamento; o terceiro remete ao planejamento e gestão participativos, porque lança luz sobre novos processos de mobilização e negociação contínuas. Uma especulação vem a título de conclusão: seria a resiliência urbana também uma contribuição para reatualizar o debate sobre a reforma urbana no país?

Paisagismo

ASCENSÃO, António et al. 3D space syntax analysis: attributes to be applied in landscape architecture projects. Urban Science, Switzerland, v. 3, n. 1, p. 2-12, 5 Feb. 2019. DOI: https://doi.org/10.3390/urbansci3010020. Disponível em: https://www.mdpi.com/2413-8851/3/1/20.

O artigo investiga a possível aplicação da metodologia de sintaxe espacial à arquitetura paisagística. Antecipando a complexidade do processo de projeto arquitetônico da paisagem, o uso da análise de sintaxe espacial 3D possibilitou uma melhor compreensão das relações entre as formas do espaço urbano e suas funções. A aplicação de um processo iterativo de melhoria de projeto otimiza o cumprimento da visão do arquiteto paisagista, através de mudanças na modelagem do solo, seleção de espécies de árvores e sua distribuição espacial. Este artigo explora os atributos de vegetação a serem considerados nos projetos de arquitetura de paisagem no contexto do software DepthSpace 3D, usando o estudo de caso de um parque urbano na Maia - Portugal. Conclui que o software provou ser uma ferramenta útil, tanto para estudar e avaliação dos efeitos do projeto final, como durante seu desenvolvimento.