Estudos
FARIAS, José Almir. Resiliência: um bom conceito para o projeto e a reforma urbana? In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PESQUISA EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL, 17., 2017, São Paulo. Anais... São Paulo: FAU/USP, 2017. p. 2-17. Disponível em:
http://anpur.org.br/xviienanpur/principal/publicacoes/XVII.ENANPUR_Anais/ST_Sessoes_Tematicas/ST%2010/ST%2010.6/ST%2010.6-05.pdf.
Crise e resistência são dois termos necessários a uma definição de resiliência, noção polissêmica que se aplica cada vez mais aos territórios, em especial ao espaço urbano, mesmo que ali encontre dificuldades quanto à sua aceitação e operacionalidade. Este artigo pretende demonstrar que a ideia de resiliência urbana pode ser um ponto de partida para questionar o modelo dominante e desvendar outras formas de compreender e teorizar o desenvolvimento das cidades. Em tal perspectiva, busca-se recuperar os sentidos que lhe são atribuídos, destacando os benefícios e potenciais abusos no uso do termo. Considera-se a hipótese de que a resiliência urbana pode contribuir em três aspectos fundamentais para um avanço das práticas urbanísticas: o primeiro é de caráter metodológico, pois reitera a coerência da abordagem global e transversal, sob o crivo de uma avaliação sistemática; o segundo seria o impulso que oferece a um desempenho mais equitativo do projeto urbano, pois ela efetua alterações heurísticas no modo de pensar a cidade, os riscos que ela gera e os desafios para o seu enfrentamento; o terceiro remete ao planejamento e gestão participativos, porque lança luz sobre novos processos de mobilização e negociação contínuas. Uma especulação vem a título de conclusão: seria a resiliência urbana também uma contribuição para reatualizar o debate sobre a reforma urbana no país?
Paisagismo
ASCENSÃO, António et al. 3D space syntax analysis: attributes to be applied in landscape architecture projects. Urban Science, Switzerland, v. 3, n. 1, p. 2-12, 5 Feb. 2019. DOI: https://doi.org/10.3390/urbansci3010020. Disponível em: https://www.mdpi.com/2413-8851/3/1/20.
O artigo investiga a possível aplicação da metodologia de sintaxe espacial à arquitetura paisagística. Antecipando a complexidade do processo de projeto arquitetônico da paisagem, o uso da análise de sintaxe espacial 3D possibilitou uma melhor compreensão das relações entre as formas do espaço urbano e suas funções. A aplicação de um processo iterativo de melhoria de projeto otimiza o cumprimento da visão do arquiteto paisagista, através de mudanças na modelagem do solo, seleção de espécies de árvores e sua distribuição espacial. Este artigo explora os atributos de vegetação a serem considerados nos projetos de arquitetura de paisagem no contexto do software DepthSpace 3D, usando o estudo de caso de um parque urbano na Maia - Portugal. Conclui que o software provou ser uma ferramenta útil, tanto para estudar e avaliação dos efeitos do projeto final, como durante seu desenvolvimento.